Dizia sempre que acreditava que seria sozinha por muito tempo. Que não aguentaria toda aquela lengalenga de casal. Que seria um milagre encontrar alguém que a suportasse. Ou melhor, que me suportasse.
De amigos e familiares, carreguei a opinião para o resto da vida de que sou chata – e de fato sou. Na realidade sempre fui assim. Sempre me senti assim. Não me imaginava ao lado de alguém. Não me imaginava tendo paciência ou sendo doce com outra pessoa.
Só que sabe, as coisas mudam. Tudo o que pensava e dizia foi por água abaixo. E lá estava eu cheia de suspiros, sorridente e me surpreendendo a cada dia com as minhas atitudes.
E tudo por causa dele. Só por causa da chegada dele.
De impaciência me transformei em “respira fundo e conta até dez”. Parte da minha chatice se tornou algo totalmente maleável. Sujeito ao que o outro faz.
Contradisse-me a todo instante. Cuspi para cima e caiu bem no meio da minha testa. A mudança aconteceu para o meu bem. Todo mundo sabe disso. É visível!
Ainda estou me acostumando com a ideia de que estou um bocado diferente. Ainda estou me acostumando com o jeito que ajo quando estou acompanhada. E ainda estou me acostumando em saber que tenho outro tipo de apoio para poder contar.
E no final das contas, todo mundo sabe. A visão de quem vive um relacionamento é bem diferente daquele que ainda não passou por isso. Eu que o diga.
Era tudo lengalenga, agora virou amor.
E amor, amor é brega.
Pois é...
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