Não reclamo do modo de vida que os outros levam e não me revolto com a situação do mundo. Minto. Eu me revolto sim, mas não deixo que isso me afete. E não reclamo porque, quem sou eu para reclamar de alguém?
Cada um é feliz do jeito que pode. Do jeito que acha que deve. Ninguém tem o direito de apontar o dedo na cara de outra pessoa e dizer o que é ou o que não é certo fazer. Do mesmo modo que ninguém tem o direito de tentar mudar o modo que outra pessoa pensa.
A graça do mundo é a diversidade.
Seria muito chato se todos fossem iguais. Pensassem da mesma maneira. Quisessem apenas as mesmas coisas. Não haveria discussões, trocas de opiniões e de experiências. E nem novidades e muito menos descobertas.
Como disse, eu me revolto sim, mas não deixo que isso me afete. Tenho crises de cinco minutos e são nessas crises que minha revolta é mais aparente. Assim como muitos, queixo-me sobre o mundo. Mas como sempre, eu sou o foco principal.
Reclamo de não ter paciência, de não saber esperar por certas coisas e de não conseguir conversar quando me sinto nervosa. Revolto-me por não conseguir mudar e por tentar, mas não conseguir. E vontade, vontade é o que não falta.
Revolto-me também, com a vida que levo. Nada saudável e totalmente sedentária. Cuidando mais da mente e me esquecendo da carcaça: o corpo.
Corpo e mente precisam trabalhar juntos, mas vivo esquecendo disso.
E por esquecer, a carcaça se manifesta.
É o joelho que dói, depois de ficar horas sentada na mesma posição – tal fato acontece quando estou em casa, de frente para o computador e com os pés apoiados sobre a cadeira. A lombar dolorida por causa da péssima postura. Pois é, estou pior que muitas pessoas com mais idade do que eu.
Apesar de precisar, troco horas de exercício pelo prazer de ler, escrever e assistir filmes. Quem me dera se essas atividades, além de cuidarem da mente, também cuidassem do corpo. Assim, eu já seria alguém bem saudável.
E como já disse: corpo e mente precisam trabalhar juntos. Um depende do outro. Quando um falha, o outro pode falar também.
E não quero isso.
Preciso mudar de hábitos, eu sei.
Tenho bastante coisa para fazer, outras tantas para descobrir e muitos anos para viver.
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