Cale-se. Seus olhos querem falar.
Os olhos dizem o que a boca não consegue falar. O silêncio se torna ensurdecedor. É incômodo e guarda muitos mistérios. Decifra-me se você puder.
O sorriso não aparece sem vontade. A manifestação mais sincera é o choro. As lágrimas que caem dos olhos, logo depois de terem perdido o brilho. Sim. Eles tornam a brilhar. Só que. Só que depois de certo tempo.
O tempo é relativo. Pode ser agora, amanhã ou até mesmo daqui a um mês. Ninguém sabe. Nem o meu coração se quer sabe. Tudo passa. Certas coisas podem ser esquecidas, sim.
Boca que se cala. Olhos que falam. Voz que não consegue sair. E no fundo do peito há o que quer ser dito, mas que, infelizmente se torna indizível. O motivo... Não há motivo
Ou melhor, há sim...
Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida... Nos fecharemos belamente, de repente. Assim como o coração desta flor imagina a neve cuidadosamente descendo em toda parte. Zeca Baleiro e E. E. Cummings já se manifestam por mim.
Assim como essa flor, meus botões ainda vão se abrir. Ainda vou florescer. E talvez eu deixe de me fechar. De me calar. E de permitir que o silêncio fale por mim.
A boca e o olhar ainda vão trabalhar em conjunto e participar do mesmo diálogo. Um dia, quem sabe.
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