segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um quê de não sei o que

Já é a terceira vez que tento começar um texto. O relógio marca 00:49 de uma madrugada fria do mês de maio. Assim como as mãos, sinto os pés congelarem. Elas, as mãos, largam constantemente o teclado e se direcionam ao queixo. Ilusão a minha de que esse gesto será o precursor das minhas ideias.
Tenho tanta coisa para dizer, mas ao mesmo tempo não consigo me expressar. Gostaria mesmo é de falar tudo o que escrevo. Deixar de sentir a garganta engasgada por palavras que não conseguem sair.
Quero respostas para perguntas inexistentes. Não sei bem o que sinto e nem o que quero no momento. Aqui ou em qualquer lugar, eu me sentiria do mesmo jeito.
Aimee Mann nos ouvidos. Wise up fazendo parte, pela milésima vez, do momento da escrita.
Todos dormem. Envolvidos ou não pelos cobertores. Na cama, no sofá e até mesmo no chão. Fico imaginando a quantidade de pessoas que passam frio nesse momento.
Uma xícara de chá até que cairia bem agora. No armário da cozinha, tem o preto com canela. Caixa fechada. Ainda não o experimentei. Quando abrir, prometo te chamar para tomá-lo comigo.
Ao meu redor há livros, CDs e DVDs. Papel e caneta são companheiros primordiais, inseparáveis e essenciais da minha vida.
Dentro de mim, há um não-sei-bem-o-que-sinto. Algo que não consigo definir, mas que mesmo assim, já foi sentido muitas vezes. Não me causa tristeza e nem alegria. Não agrada e nem incomoda. É indefinível, indizível, in...
Sinto os olhos fecharem e o corpo começa a se escorar sobre o computador. É melhor ir deitar, encostar a cabeça no travesseiro e descansar.

Que a semana comece bem e termine melhor ainda.

Um comentário:

Scarlat Assunção disse...

me encontrei nesse texto. Ando meio assim, confusão de versos. Confusão de tudo.