O que eu queria? O que eu mais queria agora? Era que ele me apertasse naqueles braços, sugasse a minha alma com palavras brandas e que me levasse para caminhos distantes. Antony and the Johnsons no som. Nosso possível tema de amor, aquele que a gente nem chegou a ter. E que, a propósito, não teremos.
Amar é tão difícil. Amor é tão complicado. Dá até canseira de começar a tentar.
Lembro-me, lembro-me como se fosse ontem, da última vez que o vi. Choramos, juramos amor eterno, até o momento que tivemos de seguir as nossas vidas. De certo modo, foi melhor assim. No fim da linha, nos encontraremos? Creio que não.
Teria dançado para você, teria dançado com você. Teria sido a pessoa mais brega do mundo, aquela que ainda acredita em finais felizes, que transforma o ser amado em poesia, canção e história. Mas não, achei melhor não. Afinal, para que correr o risco? Do que valeria? Pois é, valia alguma coisa, nem que fosse a coisinha menor do mundo. Agora, já foi. Não adianta reclamar, resmungar e se embasar no que poderia ter sido. Não foi, ponto. Pronto, não foi.
O coração está aberto. Venha me amar. Os cartazes das cartomantes espalhados pela cidade prometem trazer a pessoa amada em três dias; equívoco. “Sou a sua pessoa amada por três dias”. Está de bom tamanho? Posso prorrogar o prazo, sem custo adicional. Aliás, sem custo algum. Basta convencer-me de que preciso ficar. Devo?
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